TEXTOS CRÍTICOS [CRITICAL TEXTS]
“Elaborada a partir de incensos feitos com 'plantas companheiras' (camomila, canela e anis-estrelado, por exemplo), a estas Rubens adiciona argila, pigmentos naturais e fosforescências, produzindo uma presença formal que brinca com disposições e texturas, ao passo que desafia e desconcerta a visão enquanto sentido imediatamente atrelado às práticas artísticas. Takamine nos oferece uma obra cuja presença é exalada e não só vista, aguçando experiências diversas e desordenando os cânones ocidentais de entendimento e proposta de mundo.”
“Elaborated from incense made with 'companion plants' (chamomile, cinnamon and star anise, for example), these Rubens add clay, natural pigments and phosphorescence, producing a formal presence that plays with arrangements and textures, while challenge and disconcert vision as a sense immediately linked to artistic practices. Takamine offers us a work whose presence is exhaled and not just seen, sharpening diverse experiences and disrupting Western canons of understanding and world proposals.”
Por [by] Lorraine Mendes, 2023
"Rubens desejava pesquisar o sono e elementos que envolvem o bom descanso, como meditações, sonhos, chás e incensos naturais. Ele me disse que ao pensar sobre o sono, questionava o cansaço onipresente em sociedades que nos querem sempre alertas para produzir mais e mais - do trabalho formal ao trabalho não-remunerado de consumir a enxurrada de informações das mídias digitais. A pesquisa desenharia um gesto de cura contra o esgotamento coletivo (...) Talvez seja possível viver de outra forma, menos exaustiva, ele me disse. Talvez seja possível equilibrar o despertar e o descanso, e compartilhar este equilíbrio com as plantas, os animais, a paisagem. O desejo que move a arte pode nos levar a imaginar um outro modo de vida, pensei. Afinal, em dias de cansaço, o que mais podemos querer da arte além de que nos deite no alto de uma montanha e nos faça sonhar com o movimento das nuvens?"
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"Rubens wanted to research sleep and elements that involve good rest, such as meditations, dreams, teas and natural incense. He told me that when thinking about sleep, he questioned the omnipresent tiredness in societies that always want us to be alert to produce more and more – from formal work to the unpaid work of consuming the flood of information from digital media. The research would design a healing gesture against collective exhaustion (...) Maybe it is possible to live in another way, less exhausting, he told me . Perhaps it is possible to balance awakening and rest, and share this balance with plants, animals, the landscape. The desire that drives art can lead us to imagine another way of life, I thought. After all, on tired days , what more can we want from art than for it to place us on top of a mountain and make us dream about the movement of clouds?”
Por [by] Marina Fraga, 2023
"As imagens de Rubens Takamine nos mostram os fluxos orgânicos como caleidoscópios. Entre cachoeiras, pedras e folhas, as paisagens em movimento espelhado entram e saem da figuração, mergulhando na superfície representativa e indo até as camadas mais vitais da imagem. Ativam nossos olhos, nos hipnotizam em fendas abissais dentro do que julgávamos supostamente conhecer. Os corpos se desdobram em ornamentos vivos e aqui ornar não significa apenas decorar, mas entrar na ordem do mundo (...) Penso no conceitualismo do norte-americano Joseph Kosuth, que desmonta a estrutura semântica de figuração, colocando um objeto qualquer ao lado de seu retrato fotográfico e de sua definição do dicionário. A instalação Rizomorfa também se apresenta dessa forma, porém nela a Avelós está cercada de representações que não correspondem a um verbete figurativo do que é a planta. A estrutura rizomática de suas folhas, é inserida em uma estrutura integrada do qual o corpo vivo não pode ser isolado e facilmente sintetizado em uma fotografia. Numa simbiose de imagens ornamentais, dedos humanos são representados como as folhas pontudas da planta e o vaso é mostrado como uma ciranda em movimento, que de um lado parece um bicho e do outro, um lago. A abstração descreve o modo de existência fractal da Avelós, onde suas raízes e folhas de multiplicam de forma espelhada, de modo que qualquer parte de seu corpo vegetal sempre converge para a mesma forma inicial. Rizomorfa é o retrato de um mundo no qual ornamento deixa de ser adorno para ser tudo que existe: objeto e adorno. E esse mundo não deve ser decifrado, mas recebido."
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“Rubens Takamine’s images show us organic flows like kaleidoscopes. Between waterfalls, rocks and leaves, the moving landscapes mirror between and out of the figuration, diving into the representative surface and going to the outermost layers of the image. We activate our eyes, we hypnotize ourselves into abyssal crevices within what we think we know. The bodies unfold into living ornaments and here to decorate does not just mean to decorate, but to enter into the order of the world (…) I think of the conceptualism of the American Joseph Kosuth, who dismantles the semantic structure of figuration, placing any object next to his photographic portrait and his dictionary definition. Rizomorfa installation also presents itself in this way, but in it Avelós is surrounded by representations that do not involve a figurative verb of what the plant is.
The rhizomatic structure of its leaves is embedded in an integrated structure from which the living body cannot be isolated and easily synthesized in a photograph. In a symbiosis of ornamental images, human fingers are represented as the plant's pointed leaves and the vase is shown as a moving sieve, which on one side looks like an animal and on the other, a lake. An abstraction that describes Avelós's fractal mode of existence, where his roots and leaves multiply in a mirrored way, so that any part of his vegetal body always converges to the same initial form. "Rizomorfa" is the portrait of a world in which ornament ceases to be adornment and becomes everything that exists: object and adornment. And this world must not be deciphered, but received.”
The rhizomatic structure of its leaves is embedded in an integrated structure from which the living body cannot be isolated and easily synthesized in a photograph. In a symbiosis of ornamental images, human fingers are represented as the plant's pointed leaves and the vase is shown as a moving sieve, which on one side looks like an animal and on the other, a lake. An abstraction that describes Avelós's fractal mode of existence, where his roots and leaves multiply in a mirrored way, so that any part of his vegetal body always converges to the same initial form. "Rizomorfa" is the portrait of a world in which ornament ceases to be adornment and becomes everything that exists: object and adornment. And this world must not be deciphered, but received.”
Por [by] Mônica Coster, 2021
MINHAS PUBLICAÇÕES [MY PUBLICATIONS]
De nossos poros e feridas dançam aquíferos
Arte & Ensaios / v. 28, n. 43 (2022): Transes, tranças, transas
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O fogo verde das plantas que cantam no escuro
Tranxversal / #7
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Microcosmos Inesperados: a realidade como holograma
autoria Rubens Takamine
Anais do VIII Simpósio Internacional de Inovação em Mídias Interativas / Panoramas 2021
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Anais do VIII Simpósio Internacional de Inovação em Mídias Interativas / Panoramas 2021
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